Pressão sustentada da China para pagar menos sobre carne

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     A posição dos importadores chineses não teve alterações substanciais durante a última semana e a pressão para continuar a baixar os preços de compra foi sustentada, numa altura em que o número de operações é habitualmente reduzido.

     "Os importadores estão jogando a batalha com o Brasil, com a fraqueza do real, e com um boi a US$ 3,40", disse um intermediário. As referências de negócios desta semana colocam uma frente de 8 cortes em um eixo de US$ 4.700-4.800 toneladas e a roda entre US$ 5.400-5.500 toneladas.

     "É muito difícil validar esses valores. No nosso caso, já somos vendidos a preços muito mais altos até o final de janeiro. Vamos esperar mais algumas semanas antes de tomar uma posição", disse um exportador brasileiro. A moeda brasileira parece não encontrar seu piso; Nesta terça-feira, o dólar chegou a 6,16 reais (+1,2%), máxima nominal de todos os tempos. No ano, o dólar sobe quase 30% em relação ao real.

     Um exportador uruguaio disse que há "muito pouco interesse" da China e que hoje "é muito complexo" validar fechamentos com os preços atuais da matéria-prima. O informante relatou apenas um negócio de corte de 80 VL a US$/t 3.200 CFR. Outro industrial disse que os negócios da roda estão sendo redirecionados para os Estados Unidos, Europa ou países da América Latina para encontrar uma melhor opção comercial, e até mesmo os enfeites para a área do Oriente Médio.

     Enquanto isso, da Argentina, um trader regional relatou negócios com ossos do pescoço a US$ 2.200 por tonelada, ossos do joelho a US$ 2.900, ossos carnudos ao umbigo a US$ 1.500 e ossos de mandril a US$ 1.650 CFR. A fonte indicou que há uma grande diferença entre a forma como a China e a América do Sul se comportam quando há forte pressão para reduzir os valores de compra da China (como é o caso hoje), uma vez que há uma "grande unanimidade" no posicionamento dos importadores.

     "Eles são muito ágeis quando se trata de coordenar ações em seus grupos WeChat, algo impensável de replicar nos países do Mercosul", disse. Outras fontes usaram uma referência de US $ 4.750 CFR para os 23 cortes de vaca. "Eles estão procurando oportunidades de preço, nada a ver com a demanda usual. Um panorama sombrio", resumiu um exportador. A maior parte das fábricas argentinas já está com um ou dois dias a menos de abate ou horas reduzidas. "Com essa competitividade, as pequenas e médias fábricas estão comprometidas em manter sua atividade industrial", alertou.

     Finalmente, do Chile, um comerciante lidou com fechamentos de quartos de vacas a US$ 3.850 CFR/mt, cerca de US$400 por tonelada abaixo dos acordados há pouco mais de duas semanas.

     De acordo com um relatório semanal divulgado, os preços da carne bovina caíram em geral. Os produtos brasileiros tiveram queda de US$ 200 toneladas na maioria dos cortes, enquanto alguns cortes argentinos caíram US$ 100 por tonelada e os uruguaios permaneceram relativamente estável.

     "A atividade comercial mostrou menos entusiasmo tanto do lado da oferta quanto da demanda. Do lado da oferta, as fábricas começaram a se preparar para as férias de Natal, resultando numa redução das ofertas. Do lado da demanda, os importadores chineses adotaram uma atitude cautelosa para as compras que chegarão após o Ano Novo, devido a uma perspectiva incerta."


Fonte: Agro Digest 











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